Oficinas culturais são uma oportunidade para aprender, cuidar da saúde e realizar sonhos

Da dança de rua ao balé, do artesanato ao violino, Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer oferece uma série de oficinas voltadas para o público a partir dos sete anos de idade

“Artesanato na nossa vida é assim, primordial. Além de tirar a gente de uma depressão, do dia a dia da nossa vida que é bem agitada – dona de casa não é uma coisa só que faz – o artesanato é um escape maravilhoso. A gente aprende coisas que eu jamais imaginaria fazer e hoje estou fazendo. É muito bom”, comenta Aparecida Rosa Kaminski, moradora do Jardim Cláudia que participa com afinco das oficinas de artesanato promovidas pela Prefeitura de Pinhais, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Semel).

Ela é uma das 70 pessoas inscritas na oficina ministrada pela Carmem Lúcia Ferreira Claro há 15 anos no município. Englobando várias modalidades, como feltro, pintura, bordado, fuxico, entre outras técnicas, diversas turmas já passaram pelo que a instrutora chama de “artesanatoterapia”. “A gente chama isso aqui de ‘artesanatoterapia’, porque a oportunidade que elas têm de uma conversar com a outra, trocarem ideias, uma vê o problema da outra e passa a rever esse problema. O artesanato dá a oportunidade de ocupar a mente, às vezes a pessoa chega tão mal, e independente de eu ser a professora, eu também tenho meus problemas, mas através delas aprendi a viver com eles, elas me ensinam muito também. Nós somos uma família”, conclui.

A oficina promove as técnicas básicas de artesanato e tem distribuição de material gratuitamente, e não precisa ter tido algum contato com a atividade. “Pode vir ‘do zero’, que a gente ensina desde o princípio mesmo. Existem pessoas que fizeram o curso e hoje trabalham com isso, mas o curso não tem esse foco necessariamente. Pessoas que às vezes estão em casa e nem sabem que têm essa capacidade de fazer um artesanato, teve gente aqui por exemplo que se aprimorou no bordado e não sabia que bordava ‘daquele tanto’, eu tenho duas alunas de manhã que não querem fazer outra coisa, só o bordado, e não sabiam que tinham essa capacidade. Então dá uma iniciativa da pessoa saber do que ela é capaz”, explica a instrutora Carmem.

“Aprendi muita coisa e tenho muito para aprender ainda. Eu já tive depressão, síndrome do pânico, terrível, e o artesanato libera a gente de tudo isso, é maravilhoso. A felicidade é grande. Uma ajuda a outra, uma apoia a outra, e aí quando vê está todo mundo feliz, sorrindo”, contou Aparecida Rosa Kaminski, antes da primeira aula do ano começar, no Centro Cultural e Esportivo Pedro Arizona, no bairro Alto Tarumã. A oficina de artesanato também é realizada na Fundação Weiss Scarpa e no CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados), no Weissópolis.

Nos movimentos do Balé

“Eu sempre quis fazer balé quando era criança, sempre sonhei em fazer, e minha filha despertou essa vontade nela, me pedindo, só que o balé é caro, não é uma atividade ‘baratinha’ pra fazer e eu passei por aqui e vi que tinha balé, esperei ela atingir a idade de sete anos, ela veio, fez o processo seletivo e passou, mas eu não fiquei em cima dela pra fazer, ela que tem esse sonho, diz ela que quer ser bailarina. Ela adora, assiste a vídeos, gosta das roupas… Eu falei pra ela que não é fácil, que tudo tem uma dificuldade e ela quis vir. Está deslumbrada, só pensa nisso”, sorri Condília Aparecida da Costa, mãe da pequena Laura, aluna da oficina de balé realizada pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer na Escola de Dança, no Centro.

Além da Laura, outras 240 crianças são alunas da oficina de balé, dividida em seis categorias, conforme a etapa de cada turma. Crianças a partir de sete anos de idade podem fazer as aulas após avaliação das condições físicas e rítmicas. “Nas minhas aulas busco mostrar que o balé é para todos e que a técnica vai sendo construída aos poucos em cada corpo, respeitando o tempo de cada um. Através da linguagem adequada para cada faixa etária, utilizo referências da vida da criança alinhada aos movimentos do balé, assim a assimilação dos movimentos e entendimento do mesmo é mais eficaz”, explica a professora Francyelle Izabela Simões de Meira.

Serviço

Além do Artesanato e Balé, a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Semel), por meio do Departamento de Cultura, oferece as oficinas de Banda Municipal, Criação Literária, Dança de Rua, Dança do Ventre, Desenho, Jazz, Pintura em Tela, Pintura Criativa, Teatro, Violino e Violão.

Para se inscrever e obter mais informações, entre em contato pelo telefone: (41) 99287-3001.