Alep oficializa punição e Renato Freitas é suspenso por 30 dias


Curitiba
  A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aplicou nesta segunda-feira (18) a punição contra o deputado estadual Renato Freitas (PT). O anúncio da Mesa Executiva aconteceu após a presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargadora Lídia Maejima, derrubar uma liminar que suspendia a punição. 

Sessão que oficializou punição de Renato Freitas teve repreensão de Hussein Bakri (PSD) e Alexandre Curi (PSD) contra o petista (Foto: Reprodução/ Youtube Alep)

Com a nova decisão, Renato Freitas tem as prerrogativas parlamentares suspensas por 30 dias. Neste período, o político está impedido de usar a tribuna do plenário para discursar e de participar de comissões da Casa. 

Durante a sessão que determinou a punição, Freitas criticou a decisão da presidente do TJ-PR. “Por jogos políticos, nos bastidores da festa que eu não fui convidado no castelo do rei, eu sou novamente condenado. A presidenta recém-eleita, não sei com quais acordos do Tribunal de Justiça, desfez”, declarou o deputado.

Neste momento, Freitas foi interrompido pelo deputado Hussein Bakri (PSD), líder do governo na Alep, que saiu em defesa da presidente do TJ-PR. “É muito grave a citação da presidente do TJ nesta Casa, é muito grave o que foi dito aqui. Quer dizer que o desembargador que votou a favor dele (Renato Freitas) é bom?”, disse Bakri.

Na sequência, o presidente da Alep, Alexandre Curi (PSD), também repreendeu Freitas.  “A desembargadora Lídia é uma mulher que realizou concurso público, foi juíza, e é a primeira mulher a ser presidente do TJ-PR, a decisão dela está embasada no 1.022 do STF que tem repercussão geral”, comentou.

Freitas declara que vai recorrer sobre punição

Após o primeiro-secretário da Casa, deputado Gugu Bueno (PSD), realizar a leitura da punição de Renato Freitas e o encerramento da sessão, o petista voltou a criticar a decisão.

“Ela (Lídia Maejima) não entrou no mérito da questão, não falou se é ilegal ou não. Ela apenas disse que de acordo com nosso sistema de divisão de poderes não poderia opinar, julgar, declarar uma causa trazida pela Alep, porque ela é autônoma e soberana nas decisões. Isso é um absurdo”, comentou Freitas.